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Ensinando a Gnosis para Dependentes Químicos

1 out 2015

Ensinando a Gnosis para Dependentes Químicos

Querendo alcançar um estado alterado de consciência, consumi drogas durante o período de cinco anos, e somente parei quando conheci os ensinamentos gnósticos em 1996, através do Movimento Gnóstico. Foi então que aprendi as ferramentas necessárias para despertar a consciência, e passei a buscar naturalmente o autoconhecimento.

Nesta jornada compreendi como o conhecimento gnóstico foi extremamente eficaz na minha recuperação. Ensinam os sábios Mestres que a GNOSIS é um ensinamento que combate a própria raiz do problema, o Ego, e que pode ser ensinada e adaptada em qualquer sistema de ensino ou crença religiosa, já que ela é a própria “chama de onde surgem todas as religiões”.

Há três anos sou instrutor do conhecimento gnóstico em minha cidade, Araguari, Minas Gerais. Somos um grupo de estudos sem filiação a nenhuma instituição já criada. Ensinamos a Psicologia Gnóstica sem a imposição de credos ou dogmas, de modo que as pessoas sejam capazes de tirar suas próprias conclusões através das experiências místicas alcançadas. Talvez por isso, em nossas atividades recebemos sempre a presença de pessoas das mais diversas várias religiões. Entendemos que tudo depende da forma como a informação é apresentada.

Sabendo dos estragos que a droga faz em nossos corpos e da preocupação dos Mestres Gnósticos com a nossa juventude, há cerca de dois anos tive a ideia de ingressar como voluntário em duas clínicas de recuperação, sendo uma delas católica e outra evangélica.

Nestas circunstâncias, adaptei o ensinamento gnóstico ao estudo religioso das mesmas, citando várias passagens Bíblicas como exemplo (é claro que tem que se estudar muito este livro para encontrá-las), pois a Bíblia é um terreno fértil de conhecimento íntimo para quem já estuda e pratica o esoterismo. É um livro iniciático, cujas revelações saltam aos nossos olhos.

Em virtude desta experiência, sugiro que todos os gnósticos – e principalmente os professores gnósticos – estudem a Bíblia (textos canônicos e apócrifos) e terão a oportunidade de falar de igual por igual com a grande maioria da população brasileira, mostrando e ensinando uma forma diferente de ver este conhecimento, demonstrando-o em sua forma prática em nossa sociedade.

Desta maneira se torna possível levar a GNOSIS a qualquer rincão, sem a preocupação de converter pessoas para as nossas crenças e escolas e nem retirando-as das suas, mas fazendo com que vejam a GNOSIS dentro de si, mesmo que chamem sua Essência de Espírito Santo, sua Mãe Divina de Maria, ou ainda que rezem apenas o Pai Nosso, a Ave Maria, os Credo e os Salmos.

Pois toda forma de oração e devoção é válida e verdadeira se parte direto de nosso coração. O problema surge apenas quando nos deparamos com algumas crenças ou dogmas que existem nas religiões e que causam divergências entre elas. Este é o caso da vida após a morte, dos fenômenos mediúnicos, dos poderes extra-sensoriais, da fé cega, da salvação, do batismo, do arrebatamento, da possessão, e por aí vai.

Reflita comigo… Debater se o seu dogma está mais certo do que o do vizinho é algo capaz de conduzir alguém até o despertar a consciência? Esquecendo as diferenças, cumprindo pelo menos a metade dos ensinamentos que as religiões têm em comum, aí então conseguiríamos este despertar interior.

Quando se ensina esta GNOSIS, devemos expor todas as visões, religiosas e psicológicas que existem em relação a um determinado dogma ou tema, e mostrar quais são seus embasamentos. O que vejo ou experimento como verdade, talvez não o seja para o outro. Quando trabalharmos sobre nós mesmo, vamos descobrindo o que está oculto através das revelações, dos sonhos e do despertar da intuição. Isto é comum a todas as religiões, basta que saibamos compreender e entregar o ensinamento.

Como acontece no futebol, caso eu seja flamenguista de carteirinha e tudo, dificilmente vou conseguir falar e convencer os vascaínos. Também não há vantagem em ficar falando a vida toda para os flamenguistas. É melhor vestir uma camisa branca e falar com todos, em qualquer lugar, sem que me rotulem de nada, chamando-me apenas de profissional da saúde, psicoterapeuta, analista, voluntário, terapeuta, ou simplesmente estudante das religiões.

É preciso ensinar a GNOSIS como uma nova ferramenta da psicologia moderna, que tem passe livre em qualquer lugar. A alquimia sexual, os sonhos lúcidos, a meditação… Tudo está contido em nosso método de ensino, exceto aquilo que pode ser entendido como um dogma religioso.

Neste período de dois anos de ensino, tem se observado um aumento da permanência e da recuperação dos internos. Portanto, nós estudantes da GNOSIS não podemos perder a oportunidade de ajudar estas almas carentes de conhecimento. Muitas querem sair do vício, mudar de vida, mas não sabem como. Existem muitas pessoas com inquietudes espirituais dentro das clínicas e que necessitam ser resgatadas.

É preciso sacrificar-se pela humanidade! Minha sugestão é que não percam tempo, deem o primeiro passo e ingressem como voluntários em alguma clínica. E se precisarem de ajuda didática, entrem em contato comigo através do e-mail [email protected].

3 Respostas

  1. Fabiane Mendes

    Meu amigo Sandro!!!

    Que bom ler teu artigo…

    Parabéns pelo trabalho que vem realizando, inicialmente sozinho, desde aquele tempo… Depois, instruindo um grupo, e em seguida com os dependentes químicos. Fiquei feliz em ver suas palavras aqui, de verdade!

    Em breve devo iniciar um trabalho em Uberlândia, quero sua presença e a da Rita dando Força a nós!

    Que o Amor e a Força dos Mestres da Venerável Loja Branca estejam contigo meu irmão!

  2. Alice Pinto

    Excelente trabalho Sandro!
    Normalmente tenho utilizado da abordagem gnóstica na saúde em instituições da rede pública, sem dificuldades.
    Todo sucesso para nós!
    Vou entrar em contato contigo, afim de trocarmos experiências.
    Satisfação ter lido o teu material.
    Grande Abraço!
    Alice

  3. Sandro de Paiva Neto

    Estou a sua disposição Alice, fique à vontade para trocarmos experiências!
    Um grande abraço também!
    Sandro Neto

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