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Peixes

(De 18 de fevereiro a 20 de março)

Chegamos à Noite-Mãe da Cosmologia egípcia, ao Oceano profundo de Peixes, à iniciática escuridão sem limites do Espaço Abstrato Absoluto. É o primeiro elemento do Abismo, onde as ondinas guardam o ouro do Rhim ou o fogo do pensamento divino e genesíaco.

O signo de Peixes está sabiamente simbolizado por dois peixes; o peixe, o pescado, é o soma dos mistérios de ÍSIS. O peixe é o símbolo vivo do Cristianismo Gnóstico Primitivo. Os dois peixes desse signo, enlaçados por um cordão, têm um profundo significado gnóstico.

Representam as duas Almas dos Elohim primordiais submersas nas águas profundas da NoiteMãe. Já explicamos em capítulos anteriores que o Íntimo, o Ser, Atman, tem duas Almas: uma feminina, outra masculina. Explicamos também que a Alma espiritual, Buddhi, é feminina.

Dissemos e voltamos a repetir que a Alma humana, Manas Superior, é masculina. O sagrado casal, o divino casal eterno, está sempre simbolizado por dois peixes enlaçados por um fio que representa o Ser, Atman. O sagrado casal, os dois peixes eternos, trabalham nas águas do Abismo, quando chega a Aurora do Mahamanvantara. Os dois peixes inefáveis trabalham sob a direção de Atman, quando chega a Aurora da Criação.

Por outro lado, é bom recordar que Ísis e Osíris não poderiam trabalhar, jamais, na Grande Obra sem o famoso mercúrio da filosofia secreta. Nesse mercúrio sexual, encontra-se a chave de todo o poder.

Um círculo com uma linha vertical atravessada, no simbolismo hierático, é a união sacratíssima do eterno feminino com o eterno masculino; é a integração dos contrários na Mônada essencial, inefável e divinal.

Do interior da grande Mãe-Espaço, surge a Mônada, o Ser. Do interior do Grande Oceano, levantam-se os Elohim para trabalharem na Aurora do Mahamanvantara.

A água é o elemento feminino de toda a criação, de onde provém a mater latina, a letra “M”, terrivelmente divina. No Cristianismo Gnóstico, é Maria, a mesma Ísis, a Mãe do Cosmo, a eterna Mãe-Espaço, as Águas Profundas do Abismo. A palavra Maria se divide em duas sílabas: a primeira é MAR, que nos recorda o Oceano Profundo de Peixes. A segunda é IA, que é uma variante de IO (IIIOOOO), o nome augusto da Mãe-Espaço, o Círculo do Nada, de onde tudo emana e para onde tudo volta. É o Uno, o “Uno-Único” do manifestado Universo, depois da Noite do Grande Pralaya ou Aniquilamento.

Separadas as águas superiores das inferiores, fez-se a luz, quer dizer, surgiu a vida, o Verbo animador do Cosmo, o Filho. Essa vida tomou como elemento transmissor o Sol, o qual se encontra no centro de nosso Sistema Solar, tal como o coração dentro de nosso organismo.

As fecundas vibrações do Sol se constituem no vivo fogo-elemental, que se condensa no centro de cada planeta, constituindo-se no coração de cada um deles.

Toda essa luz e essa vida estão representadas pelos Sete Espíritos ante o Trono dentro do “Templo-Coração” de cada um dos sete planetas do Sistema Solar.

O trabalho de separar as águas das águas corresponde ao sagrado casal. Cada um dos sete Espíritos diante do Trono emanou de si mesmo, o sagrado casal de peixes, para que eles trabalhassem na Aurora da Criação através do poder de Kriya-Shakty, o poder da palavra perdida, o poder da vontade e da Ioga.

O amor dos amores, a paixão mística do último fogo entre o eterno esposo e a divina esposa, é vital para separar as águas superiores das águas inferiores. Nesse trabalho, existe o maithuna transcendental: kriya-shakty, a palavra criadora. Ele chega com o fogo e ela transmuta as águas, separando as águas superiores das inferiores. Em seguida, os dois peixes projetam o fogo e a água superiores transmutados sobre as águas do Caos, sobre a matéria cósmica, sobre o material para os mundos, sobre os adormecidos germens da existência para fazer brotar a vida.

Todo o trabalho se realiza com ajuda da palavra, da vontade e da Ioga.

No princípio, o Universo é sutil, depois se condensa materialmente, passando por sucessivos períodos de cristalizações progressivas. Existem milhões de universos no espaço infinito, dentro do seio da Mãe-Espaço. Alguns universos estão saindo do Pralaya, brotando das Águas Profundas de Peixes. Outros estão em plena atividade e outros mais, se dissolvendo nas águas eternas.

Ísis e Osíris nada poderiam fazer sem o mercúrio sexual. Os dois peixes eternos amamse, adoram-se e vivem sempre criando e recriando. O peixe é o símbolo mais sagrado do Gnosticismo Cristão Primitivo. É uma pena que milhares de estudantes do Ocultismo esqueceram-se da Gnosis de Peixes.

Em nosso planeta Terra vivem sete humanidades com corpos físicos e, de todas elas, a nossa, que é a última, é, também, a única que está fracassada por ter perdido a Gnosis. As outras seis humanidades vivem em estado de jinas na quarta dimensão, seja dentro do interior da Terra, seja em muitas cidades e regiões jinas.

A Idade de Peixes não deveria ter sido um fracasso como, realmente, foi. A causa causorum do fracasso da Era de Peixes aconteceu, porque certos elementos tenebrosos traíram a Gnosis e pregaram certas doutrinas agnósticas ou antignósticas. Eles subestimaram o peixe, desprezaram a Religião-Sabedoria e submeteram a humanidade da época ao materialismo.

Recordemos a figura de Lúcio chegando à cidade de Hypatia, hospedando-se na casa de Milon, cuja esposa Pánfila era uma perversa feiticeira. Em seguida, Lúcio sai para comprar peixe (o ictus, símbolo do nascente Cristianismo Gnóstico, o peixe, o pescado, o soma dos mistérios de Ísis).

Os pescadores venderam-lhe, por miseráveis vinte denários, com desdém espantoso, o peixe que antes pretendiam vender por cem escudos.

É uma terrível sátira na qual está envolto o maior desprezo para com o nascente e já fugaz Cristianismo Gnóstico.
O resultado do Cristianismo Agnóstico ou antignóstico foi o surgimento da dialética materialista marxista. A reação contra o Agnosticismo foi o materialismo repugnante sem Deus e sem lei. Pode-se assegurar que a Idade de Peixes fracassou por causa do Agnosticismo. A traição à Gnosis foi o crime mais grave cometido durante a Idade de Peixes. Jesus, o Cristo, e seus doze pescadores iniciaram uma Idade que bem poderia ter sido de grandes esplendores.

Jesus e seus doze apóstolos gnósticos indicaram o caminho preciso para a Idade de Peixes, o Gnosticismo, a Sabedoria do Peixe. É lamentável que todos os livros sagrados da divina Gnosis tenham sido queimados, esquecendo-se também do sagrado símbolo do peixe.

PRÁTICA
Durante o signo de Peixes, é preciso vocalizar durante uma hora diária. Recordemos que: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… Nos antigos tempos, as sete vogais da natureza ressoavam em todo o organismo humano desde a cabeça até os pés. Agora é necessário restaurar as sete notas da harpa maravilhosa de nosso organismo para restaurar os poderes perdidos.

A vogal I faz vibrar as glândulas pineal e pituitária; estas duas pequeninas glândulas da cabeça estão unidas por um canal ou capilar sumamente sutil que não aparece nos cadáveres. A glândula pineal encontra-se na parte superior do cérebro, e a pituitária, no plexo cavernoso entre as duas sobrancelhas. Cada uma dessas pequenas glândulas tem sua aura vital. Quando as duas auras se misturam, desenvolve-se o sentido espacial,  proporcionando a visão do ultra de todas as coisas.

A vogal E faz vibrar a glândula tireóide, que secreta o iodo biológico. Essa glândula se encontra na garganta onde está localizado o chacra do “ouvido mágico”.

A vogal O faz vibrar o chacra do coração, centro da intuição, e põe em atividade toda classe de poderes para se sair em astral, em estado jinas, etc.

A vogal U faz vibrar o plexo solar, situado na região do umbigo, que é o centro telepático ou cérebro emocional.

A vogal A faz vibrar os chacras pulmonares, que nos permitem recordar nossas vidas passadas.

A “vogal M”, tida no meio profano como consoante é vocalizada com os lábios fechados, sem abrir a boca. Assim, o som que sai pelo nariz corresponde à “vogal M” que faz vibrar o ens seminis, as águas da vida, o mercúrio da filosofia secreta.

A “vogal S” é um assobio doce e aprazível que faz vibrar o fogo em nosso interior.

Sentado numa cômoda poltrona você deve vocalizar: I. E. O. U. A. M. S., levando o som de cada uma das sete vogais desde a cabeça até os pés. É necessário inalar e depois exalar o ar juntamente com o som da vogal bem prolongado até esgotar a exalação. Essa prática deve ser feita diariamente para que possa desenvolver os eternos poderes mágicos.

O signo de Peixes é governado por Netuno, o planeta do Ocultismo prático, e por Júpiter Tonante, o Pai dos Deuses. O metal do signo é o estanho de Júpiter e as pedras são a ametista e os corais. O signo de Peixes governa os pés.

Os nativos de Peixes, comumente, possuem duas esposas e vários filhos. São de natureza dual, e têm disposição para duas profissões ou ofícios. Os nativos de Peixes são muito difíceis de serem compreendidos. Como os peixes, vivem em tudo, mas também estão separados de tudo pelo elemento líquido. Adaptam-se a tudo, mas, no fundo, desprezam todas as coisas do mundo. São extraordinariamente sensitivos, intuitivos, profundos, mas as pessoas não podem compreendê-los.

Os nativos de peixes têm grande disposição para o Ocultismo, porque este signo está governado por Netuno, o planeta do Esoterismo. As mulheres de Peixes são muito nervosas e sensitivas como uma delicadíssima flor, são intuitivas e impressionáveis. Os piscianos têm bons sentimentos sociais, são alegres, pacíficos e hospitaleiros por natureza. O perigo que o pisciano enfrenta é o de cair na preguiça, na negligência, na passividade e na indiferença pela vida. Os piscianos podem chegar até à falta de responsabilidade moral.

A mente dos piscianos oscila entre entendimento rápido ou fatal, a preguiça e o desprezo pelas coisas mais necessárias para a vida. São dois extremos e tanto caem em um extremo como no outro. A vontade dos piscianos, às vezes, é forte, mas vacilante em outras ocasiões. Quando o pisciano cai na indiferença e na passividade extrema, deixa-se levar pela corrente do rio da vida. Depois, quando percebe a gravidade de sua conduta, coloca em jogo a sua vontade de aço e, então, muda radicalmente todo o curso de sua existência.

Os piscianos de tipo superior são gnósticos cem por cento. Possuem uma vontade de aço inquebrantável e um elevadíssimo sentido de responsabilidade moral. No que diz respeito ao tipo superior de Peixes, verificamos grandes iluminados, mestres, avataras, reis, iniciados, etc.

O tipo inferior de Peixes tem uma marcada tendência para a luxúria, alcoolismo, glutonaria, preguiça e orgulho. Os piscianos gostam de viajar, mas nem todos podem. Os piscianos têm uma grande imaginação e uma tremenda sensibilidade. Torna-se muito difícil poder compreender os piscianos, pois só um pisciano pode compreender outro pisciano.

Tudo o que para as pessoas comuns e correntes tem grande importância, para os piscianos não vale nada. No entanto, é diplomático, adapta-se às pessoas aparentando que está de acordo com elas.

O ponto mais grave para os nativos de peixes é quando têm que se definir na questão conjugal. Isso, porque, quase sempre, têm dois amores básicos e fundamentais que os colocam num beco sem saída. Já o tipo superior de Peixes transcende essas debilidades, porque ele é casto em forma absoluta. Comumente, os piscianos sofrem muito com a família em seus primeiros anos. É difícil encontrar um pisciano que tenha sido feliz com a família durante os seus primeiros anos de vida. Quanto ao tipo muito inferior das mulheres de Peixes, observamos
que caem na prostituição e no alcoolismo. As piscianas superiores, jamais, caem nisso, pois são como flores muito delicadas a exemplo das belas flores-de-lótus.