O Carisma da Obra de Samael Aun Weor
O filósofo italiano PierLuigi Zoccatelli, um dos maiores especialistas italianos em Esoterismo desde o ponto de vista acadêmico, em artigo escrito para o Encontro Internacional do CESNUR (Centro de Estudo de Novas Religiões) na cidade de Palermo, Sicília, atribuiu à obra de Samael Aun Weor uma característica muito comum entre grandes autores: o carisma literário.
Zoccatelli é veronês, estudou filosofia na França e na década de 90 passou a se dedicar à investigação da ciência religiosa e do esoterismo, especialmente das minorias religiosas e da nova religiosidade. É o atual vice-diretor CESNUR, a rede internacional de estudiosos das novas religiões. Ele é o autor de 18 volumes e seus escritos já foram publicados em onze países e sete idiomas.
Segundo o filósofo, poucos autores conseguem imprimir este carisma literário em suas obras, mas esta característica é muito comum entre os autores prolíficos, e que tiveram sua obra expandida por seus discípulos.
Esta característica consiste em um nível profundo de realismo e numa performance unificadora, falando com o leitor além de suas barreiras culturais, ao mesmo tempo em que o convida para que este se confronte com sua vida e com suas necessidades, encontrando assim respostas bastante particulares.
Impressionado com o impacto sociológico do Movimento Gnóstico, especialmente após ter participado de um encontro de estudantes gnósticos da Itália onde mais de 1000 pessoas estiveram presentes, Zoccatelli destaca o modo rápido e incisivo com que a obra de Samael Aun Weor foi difundida através da América Latina, Canada, Estados Unidos e Europa.
O carisma literário citado por Zoccatelli é uma qualidade que foi definida inicialmente pela socióloga norte-americana Jane Williams-Hogan. Formada em Sociologia das Religiões pela Universidade da Pensilvânia, Professora do Athyn College, onde também ocupa a cadeira de História da Igreja, Hogan é pesquisadora de temas relativos à Emanuel Swedenborg e autora do livro Swedenborg e la Chiese Swedenborgiane (Torino, Editrice Elledici, 2004, 134 p.).
Em entrevista ao site Religioscope, Hogan comenta que o carisma literário é uma qualidade capaz de estimular os leitores a que se mobilizem em torno da obra de um autor e formem grupos independentes destinados ao estudo e à difusão de suas idéias. Mostra assim com clareza a natureza gnóstica da obra de Samael Aun Weor, que continua gerando mais e mais frutos.
Samael Aun Weor foi uma figura ímpar na denúncia de uma sociedade acomodada mas na essência profundamente falaciosa e perversa, em muitas das iniciativas levadas a cabo para a promoção de um desenvolvimento aparente e desregrado, responsável pelas mais infames consequências que a humanidade experienciou ao longo de toda a sua história a partir do século XIX (19).
Essa tem sido a missão de muitos gnósticos que durante a permanência da sua existência física têm reclamado por melhores condições sociais e culturais em prol de uma humanidade sedenta de liberdades adiadas sucessivamente, remetida, que tem estado, a práticas e interpretações maliciosas ou fantasistas, que pouco ou nada têm contribuido para a verdadeira liberdade, quantas vezes equivocada após a sua legítima ou violenta implementação.
Samael foi alguém especial que previu os resultados, a curto e a médio prazo, provenientes da famigerada revolução industrial em curso a partir da segunda metade do século XVIII (18). Os ocultistas dessa época e do século seguinte, pouco se deram conta das consequências que dá adviriam, ocupando-se em experiências quantas vezes duvidosas que nada contribuiram para a mudança estrutural do ser humano, no contexto de um progresso que seguia caminhos tortuosos, mais associados, que estavam, a movimentos revolucionários conflituantes que degeneravam em mártires rebeldias inconsequntes sem quaisquer conclusões regeneradoras satisfatórias.
Penso que essa foi a tarefa exemplar de Samael, fazer a revolução por dentro, não se preocupando com epítetos eivados de termos relacionados com heresia ou fanatismo, que nunca o intimidaram na sua tarefa de agitador das consciências para as mudanças necessárias a nível global.
Abraço fraterno
Paulo Sérgio
Paulo Sérgio,
Não sejamos tão radicais com os ocultistas do passado. Eles formam parte de nossa Tradição e suas obras já auxiliaram, à sua maneira, muitos buscadores, e podem continuar auxiliando aqueles que tiverem “olhos para ver e ouvidos para ouvir”.
Abraços.