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26 nov 2011

Os 7 Santos Mais Durões do Catolicismo

Normalmente quando as pessoas pensam em um santo, a imagem que lhes vem à cabeça é a de uma pessoa serena e tranquila, tão pacífica que seria incapaz de machucar uma mosca. No entanto, ao olhar para a história do Catolicismo, acabamos encontrando histórias muito curiosas de alguns indivíduos bastante durões que acabaram sendo canonizados.

Os santos são pessoas que viveram vidas virtuosas, seguindo os preceitos mais elementares que Jesus Cristo ensinou à humanidade. Nos primeiros tempos do Cristianismo, as pessoas eram consideradas santas por aclamação popular. Algum tempo depois, passaram a ser considerados santos apenas aqueles que eram escolhidos pelo Papa.

Ao conhecer um pouco mais sobre a vida de alguns destes personagens, a vida dos 7 Santos Mais Durões do Catolicismo acabará causando espanto naquelas pessoas que possuem uma ideia comum de santidade. Por mais santas que elas tenham sido, com certeza foram pessoas que ninguém gostaria de encontrar à noite num beco escuro.

7. São Francisco de Assis

A presença de São Francisco de Assis numa lista de santos valentões pode causar surpresa para muitas pessoas. Afinal de contas, não é ele o santo que conversava com os animais e acalmava as feras, como na história do Lobo de Gubbio?

Em todo caso, São Francisco é reverenciado pela Igreja por causa de sua pobreza, de seus estigmas e de seus esforços para consertar problemas da Igreja durante um tempo de crise.

O que a maioria das pessoas não sabe, é que São Francisco era tão devoto em suas crenças que, no século XIII, ele correu para o Egito para tentar converter muçulmanos, ser morto e se tornar um mártir. E olha que isso quase aconteceu mesmo!

São Francisco desejava converter o sultão Melek-el-Kamel, e por isso sugeriu que seus sábios muçulmanos fossem submetidos a uma prova de fogo. Ele se ofereceu a entrar em uma fogueira e, caso saísse de lá inteiro, todos deveriam concordar que Deus o protegeu e que o Catolicismo era a verdadeira religião.

O sultão acabou rejeitando a oferta do santo, mas ficou tão impressionado com o seu atrevimento, que permitiu a São Francisco pregar suas crenças em suas terras, uma concessão quase inacreditável por parte do sultão, considerando que sua nação estava no meio de uma guerra contra os cruzados.

6. São Jorge

Este é um dos santos mais conhecidos desta lista. São Jorge era um centurião romano do século III, e um sacerdote da guarda do Imperador Diocleciano, e acabou sendo venerado pela Igreja como um mártir.

São Jorge é lembrado como o mais proeminente santo de origem militar, e um dos mais reverenciados no ocidente. Ele foi criado como cristão e desde muito cedo desejava se tornar um soldado. Então, alistou-se no exército de Diocleciano e acabou se tornando um de seus melhores guerreiros.

No entanto, um dia Diocleciano decidiu que todos os soldados que se declarassem cristãos deveriam renunciar à sua fé e se tornarem pagãos. Jorge se recusou, ao que o próprio Imperador tentou convencê-lo a se converter, porque não queria perder seu melhor soldado.

Mesmo assim, Jorge continuou recusando. Diocleciano não teve outra alternativa, senão executá-lo. Antes de ser morto, São Jorge entregou todos os seus bens aos pobres. Depois de várias sessões de tortura, incluindo a laceração em uma roda de lâminas, da qual ele sobreviveu três vezes, Jorge foi decapitado no ano 303.

Mas a fama de valentão de São Jorge vem da lenda onde ele enfrenta e mata um dragão que tinha feito seu ninho próximo à uma fonte de água da cidade de Silene, na Líbia. Para afastar o dragão e pegar água, o povo oferecia à fera uma donzela, que era escolhida na sorte. Um dia, a sorte (ou azar) caiu sobre a princesa. No momento em que ela era entregue ao dragão, aparece São Jorge, que se protege com o sinal da cruz, mata o dragão e salva a princesa. Os moradores de Silene abandonam o paganismo e se convertem ao cristianismo.

5. Santo Inácio de Loyola

Inácio de Loyola era um cavaleiro espanhol que viveu no século XVI. Nascido em uma importante família nobre, ele se tornou um eremita, e logo depois se converteu em padre e por último em teólogo, quando fundou a Companhia de Jesus.

Depois de levar uma vida comum no palácio, ocupado com os vícios típicos da nobreza da época, ele se tornou um cavaleiro que foi considerado incrivelmente brilhante, pois foi capaz de lutar um grande número de batalhas sem ganhar nem mesmo um único arranhão. Pelo menos até o dia em que o destino parece ter descontado tudo de uma só vez.

Durante a Batalha de Pamplona, no ano de 1521, uma bala de canhão o atingiu, ferindo gravemente uma de suas pernas e quebrando a outra no meio. Contam as lendas que, sem se deixar perturbar pelas dores horríveis, Inácio montou em seu cavalo e retornou ao palácio.

Seus ferimentos eram tão graves que ele teve que ser submetido à uma cirurgia sem anestesia, um procedimento que, só de pensar, causa calafrios na maioria das pessoas. Parte de uma de suas pernas teve que ser cortada fora, e a operação cirúrgica pode ser considerada um verdadeiro desastre.

Inácio acabou ficando com uma perna mais curta que a outra. Os médicos até tentaram, sem sucesso, esticar a perna menor amarrando nela alguns pesos. Mesmo assim, Inácio sobreviveu e prosseguiu numa série de peregrinações que o levaram à fundação de uma das mais famosas ordens religiosas do mundo, inspirada em textos que leu enquanto se recuperava dos ferimentos da bala de canhão.

4. Santa Joana D’Arc

Imagine uma jovem donzela, montada em seu cavalo, trajando armadura sobre seu vestido, armada para a batalha e gritando aos seus comandados: “Adiante! Eles são nossos!” Era assim que a menina Joana D’Arc se comportava no campo de batalha, onde liderou o exército francês  e garantiu a coroação de Carlos VII.

Em uma batalha, ela foi atingida no pescoço por uma flecha. Ao contrário de muitos soldados homens, ela não deitou no chão para esperar atendimento e contar com a misericórdia do inimigo. Em pé, ela arrancou a flecha e continuou a conduzir seus comandados.

Em outra batalha, enquanto escalava um muro para atacar os ingleses, ela foi atingida na cabeça por uma bala de canhão. Para o espanto de todos, Joana apenas sacudiu a cabeça para se recuperar do impacto, e continuou escalando. O que acha disso, Inácio de Loyola?

Seu estilo de batalha consistia em puro ataque, o que deixava os soldados ingleses apavorados. Ela acabou sendo capturada, vendida aos ingleses, julgada por uma corte eclesiástica e queimada na fogueira. Ela tinha apenas dezenove anos, nada mal para quem acabara de deixar a adolescência.

3. São Vladimir de Kiev

Qual santo teve centenas de concubinas, diversas mulheres por todo o mundo, tantos filhos que até perdeu a conta e um exército de pagãos? Pois bem conheça São Vladimir, o príncipe de Kiev, que se converteu ao Cristianismo em 988.

Porém, antes disso, Vladimir era um sujeito que combinava como ninguém a perversidade e a libertinagem. Desde o início de seu reinado ele conquistou territórios, assassinou pessoas, teve muitos filhos e promoveu sacrifício humanos. Como dizem por aí, Vladimir literalmente tocou o horror!

No ano de 983, após mais um de seus sucessos militares, o príncipe Vladimir e seu exército acharam que era importante sacrificar algumas vidas humanas para agradar aos deuses. Um dos condenados ao sacrifício se chamava Ioann, o filho de Fyodor, um cristão.

Seu pai relutou firmemente contra o sacrifício de seu filho. Ele inclusive tentou mostrar aos pagãos a inutilidade deste tipo de prática. Ele disse aos soldados de Vladimir: “Seus deuses não passam de pedaços de madeira. Eles podem estar aqui hoje, mas amanhã serão esquecidos. Foram feitos em madeira, por mãos humanas, e não criaram nada, ao contrário do verdadeiro Deus, que criou o céu e a terra. Eu jamais permitirei que meu filho seja sacrificado em honra a demônios.”

Fyodor foi tão persuasivo e intenso em seu discurso, que foram exatamente as suas palavras as responsáveis pela conversão de Vladimir. Mesmo assim, o príncipe ainda demorou alguns anos para se decidir. Afinal, não é fácil abrir mão de tanta festa! Contudo, após sua conversão, ele governou seu povo com tanto carinho que ficou conhecido como Vladimir, o Grande.

2. São Longuinho

São Longuinho, também conhecido como São Longinus, era um soldado do exército romano, natural da região de Cesareia. Ele passou a maior parte de sua vida lutando ao lado de seus companheiros durante suas viagens por diversos territórios romanos.

Um dia, Longinus foi mandado para Jerusalém, para desempenhar funções às quais estaria mais apto, já que pela idade estava praticamente cego. Curiosamente, no Brasil, existe uma tradição popular de que ele ajuda a encontrar objetos perdidos.

Em todo caso, uma das tarefas designadas à Longinus foi a de ajudar na crucificação de um judeu revoltoso conhecido como Jesus, o que mudaria completamente sua vida. Para se assegurar da morte de Jesus, Longinus enfiou em seu corpo a ponta de sua lança.

É preciso ser muito valente pra enfiar a lança em Jesus, ou seja, no próprio Deus. Em todo caso, sangue e água saíram da ferida, e algumas gotas de ambos caíram sobre os olhos de Longinus, curando imediatamente sua cegueira. Ele então imediatamente se desligou do exército e se tornou um monge.

Tempos depois ele foi preso por causa de sua fé, seus dentes foram arrancados e sua língua cortada. Mesmo assim, ele continuou a falar com clareza e a desafiar as autoridades, e por isso acabou sendo decapitado. Conta a tradição católica que a lança que Longinus usou para espetar Deus está no interior de uma das quatro colunas que estão em torno do altar da Basílica de São Pedro.

1. Santa Quitéria

Se você é daqueles que não esperava, de jeito nenhum, encontrar uma mulher na liderança de uma lista com os santos mais valentões do catolicismo, aguarde até conhecer os feitos e as circunstâncias completamente esquisitas da vida de Santa Quitéria.

Pra começar, Santa Quitéria era uma entre nove irmãs que nasceram ao mesmo tempo. Isso mesmo, nove irmãs! Se é que o termo está correto, Santa Quitéria e suas irmãs eram nônuplas. E como se esta superlotação uterina não fosse uma experiência suficientemente traumática para as nove meninas, a mãe ainda ficou perturbada por ter parido tantas crias como um animal, além de nenhum menino.

Num acesso de raiva, ela ordenou à sua criada que pegasse as nove meninas recém-nascidas e as afogasse, uma a uma, nas águas de um rio. A serva não foi capaz de fazê-lo. Ao invés disso, ela fugiu e levou consigo as nove crianças para criá-las em uma vila remota. Se você está achando esta história esquisita, não imagina o que vem pela frente.

Salvas de uma tragédia e criadas com muito amor, as nove meninas resolveram formar um bando, mas ao invés de um bando de assassinas ou ladras, elas viajavam pelas vilas para libertar cristãos que estivessem presos e destruindo os ídolos adorados pelos pagãos.

Elas passaram muitos anos nesta atividade, até que foram pegas e levadas até a presença de seu pai, que as reconheceu. Ele quis obrigá-las a se casarem com bons romanos pagãos, mas ela se recusaram e fugiram da prisão. Aí as coisas engrossaram de verdade. Elas começaram uma guerrilha contra o Império Romano, mas acabaram sendo presas e mortas. Quitéria foi decapitada e, junto com suas irmãs Marina e Liberata, se tornou santa.

13 Respostas

  1. Joao

    Ao ver esta lista acrescento São Nuno de Santa Maria: foi um nobre e guerreiro português do século XIV, cuja genialidade militar reconquistou a independência de Portugal contra Castela (Espanha). Apesar de ter sido um militar temeroso, tornou-se carmelita após a morte da sua mulher. Foi beatificado em 1918 pelo Papa Bento XV. [ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Nuno_Álvares_Pereira%5D

  2. Marcos Oliver

    Olá Giordano, observo que de santo você não entende nada. Melhor se instruir para postar assunto que ainda
    não sabes nada!

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