Yamaoka Tesshu: Mestre da Espada e da Meditação
Mestre da esgrima, do Zen e da caligrafia, mas sobretudo um dos maiores exemplos de determinação, sinceridade e desapego, Yamaoka Tesshu nasceu Tóquio (então chamada Edo), no ano de 1836, em uma família de samurais. Seus estudos de esgrima começaram ainda muito cedo, aos nove anos de idade, mas o que fez de Tesshu um dos mais hábeis espadachins japoneses não foi apenas o treinamento com a espada, mas sim com a mente, através da meditação.
Após quase vinte anos de treinamento, ou seja, quando tinha vinte e oito anos de idade e já havia se tornado um combatente muito habilidoso, Tesshu, um homem de quase dois metros de altura e de porte atlético, foi derrotado por um espadachim chamado Asari Gimei, que era franzino e de baixa estatura. No dia seguinte, Tesshu se tornou seu aluno. Mesmo sendo muito mais alto, jovem e ágil que seu mestre, Tesshu era sempre derrotado vergonhosamente, pois não conseguia manter o equilíbrio de seus estados mentais.
Enquanto treinava em combate o seu aluno, através de seus movimentos e de sua inabalável e plena concentração, Asari era capaz de fazer com que Tesshu contornasse o dojo, chegasse até a rua, quando o golpeava e o fazia cair ao solo, para então fechar a porta em sua cara. Ao invés de se deixar dominar pelo orgulho, Tesshu aumentou seus esforços, passou a treinar mais a esgrima e a se dedicar com mais afinco à meditação.
Muitas vezes acordava no meio da noite, saltava da cama e fazia com que sua mulher segurasse uma espada para que pudesse colocar em prática algum movimento que havia intuído graças à combinação perfeita entre treinamento e meditação. Tão grandes eram a determinação e a intensidade com as quais realizava as suas práticas da esgrima, da caligrafia e da meditação, que Tesshu acabou recebendo o apelido de Demônio. Sabe-se que ele criou cerca de um milhão de pinturas caligráficas, e se tornou personagem de alguns koans, sendo estes os três mais populares: Nada Existe, Os Filhos do Imperador, e O Contador de Estórias.
Mas seus esforços trariam a recompensa. Na manhã do dia 30 de março de 1880, aos quarenta e cinco anos de idade, Tesshu alcançou a iluminação enquanto meditava sentado ao estilo zazen. Naquele mesmo dia foi até o dojo para praticar a esgrima com Asari. Mas seu mestre, ao vê-lo se aproximando, já de longe reconheceu que Tesshu tinha despertado a consciência e atingido a iluminação. Ele então disse ao seu discípulo: “Agora você chegou”.
Pouco tempo depois Tesshu foi-se embora para abrir a sua própria escola de esgrima. Ele agora passaria a se dedicar ao seu próprio estilo de combate conhecido como “não-espada”. Nele o samurai compreende que na realidade não existe nenhum inimigo exterior a ser combatido, e que tudo o que se necessita é potencializar cada vez mais o despertar da consciência através da busca pela pureza de estilo, combinando ação e contemplação.
Quando teve início a Era Meiji, Tesshu se tornou tutor do jovem príncipe Mutsuhito, que adorava sumo e tinha o péssimo hábito de desafiar seus assistentes para combates improvisados. Numa ocasião, após beber muito saquê. o príncipe desafiou Tesshu para uma luta. Quando o sábio Tesshu recusou o desafio, o príncipe tentou de todas as formas mover seu oponente, que permaneceu imóvel. Então o príncipe tentou golpear Tesshu, que com um simples movimento o imobilizou no solo.
Todos os acompanhantes do príncipe ficaram furiosos e exigiram que Tessgu pedisse desculpas. Ele, no entanto, afirmou que estava apenas cumprindo com seu dever, e que ele poderia até cometer suicídio se assim a majestade desejasse, mas não pediria desculpas pelo ocorrido. Deste dia em diante o príncipe passou a ser mais moderado com a bebida, e passou a ter em Tesshu um de seus conselheiros mais sábios e leais.
Aos cinquenta e três ano de idade, Tesshu morreu de câncer no estômago. No dia anterior à sua morte, Tesshu notou que do seu dojo não vinham os sons típicos dos seus alunos em treinamento. Eles haviam cancelado as aulas para estar com ele em seus últimos momentos. Quando soube disso, Tesshu mandou chamá-los e ordenou que voltassem ao dojo, dizendo que se quisessem honrá-lo, que retomassem o treinamento.
Em seus últimos momentos de vida, Tesshu compôs seu último poema:
“Apertando meu abdômen
contra a dor.
O grasnar do corvo da manhã.”
Então, sentou-se novamente em zazen, a mesma postura na qual tinha alcançado a iluminação, e entrou pela última vez em meditação, para morrer na mais absoluta serenidade.
Estória bonita, parabéns.
… Adorei a Arte da postagem, a foto.
Olá Denis,
Muito obrigado pelo seu comentário.
Abraços Fraternos.
Paz Inverencial!
Muito grato por saber sobre este grande mestre!
Olá Felipe,
Muito obrigado pelo seu comentário.
Abraços Fraternos!
Paz Inverencial!
COMO ENTENDER MAIS O MUNDO ANIMAL EVOLUTIVO OU EVOLUÇAO ATOMO AO HOMINUS QUE GEROU O HOMEM[DEMONIO GNÓSTICO CRIADOR MATERIAL ONDE LEIS QUIMICAS FISICAS KÁRMICAS TERRIVEIS DOMINAM] E O DEUS CÓSMICO QUE ATIVANDO O BIG BANG DEU ORIGEM AO MUNDO EVOLUTIVO ONDE ESTA PRESO O HOMEM DE ONDE UM DIA MIGRARA PARA O DEUS VERDADEIRO E SEU MUNDO DE OUTRAS INEFÁVEIS DIMENSOES?ONDE O GUERREIRO OU GUERREIRA FAZ SUA LUTA MEDITATIVA LABORAL(ZEM=MEDITAÇAO TRABALHO), ATÉ A ILUMINAÇAO DOS PERFEITOS NO CONSALAMENTO GNÓSTICO VERDADEIRO QUE NAO MORRE DE CANCER?
Olá Vaulney,
Muito obrigado pela sua mensagem.
Veja nos o que nos diz o Mestre Samael Aun Weor sobre o Mistério da Queda:
Nesta passagem o Mestre nos ensina que esta queda do homem na matéria e seu consequente aprisionamento nas leis que regem este mundo é algo que deve ser solucionado através da observação deste processo em nosso próprio interior. Quem aprisiona a Essência é o EGO, o EU PLURALIZADO, a tendência a sentir-se separado do TODO e a forja de um mundo ilusório aonde brota o sofrimento.
Objetivamente, é mediante a eliminação do EGO (com prévia observação e compreensão) que a Essência fica livre para retornar ao seio do Deus Inefável, do Absoluto. O corpo está submetido às leis da criação demiúrgica, e por isso morre. Já o material psíquico, a Essência, quando se liberta do condicionamento a estas mesmas leis, torna-se livre e serve como instrumento de realização espiritual.
Abraços Fraternos!
Paz Inverencial!
MINHAS SAUDAÇÕES GIORDANO CIMADON!
MUITO ME APRAS LER OS TRABALHOS QUE VOCE E DEMAIS MEMBROS DESTA ASSOCIAÇÃO DA SANTA GNOSIS INTERNACIONAL, VEM DESENVOLVENDO EM PROL DA HUMANIDADE TÃO ADOECIDA, EM PLENA CRISE PSICO AFETIVA SOCIAL MATERIAL..
MINHAS SAUDAÇÕES E QUE O NOSSO SENHOR, JESUS O CRISTO, NOS GUARDE, NOS FORTALEÇA, NOS PROTEJA E NOS ILIMINE, COM AS ORIENTAÇÕES CADA VEZ MAIS INSPIRADORAS, AMOROSAS E DETERMINANTES..
FRATERNO ABRAÇOS.
ALICE PINTO
Olá querida Alice,
Muito obrigado pelas tuas palavras tão afetuosas!
Realmente é nos momentos de crise que a Santa Gnosis se faz mais necessária.
Seguiremos sempre adiante para levá-la para “mais ocultos lugares”!
Abraços Fraternos!
Paz Inverencial!
Gostei muito do texto.
Uma lição de vida: tolerância, paciência, meditação e o despertar da consciência!
obrigada.
Olá querida irmã Sueli,
Muito obrigado pelo seu comentário.
Realmente é uma lição maravilhosa de vida.
Abraços Fraternos!
Paz Inverencial!
Bom dia
Fico muito feliz em estar recebendo estes textos extremamente importante, pois me deixa ver e acordar para um mundo onde sempre busquei conhecer e agora sempre chega para mim estes assuntos profundos do qual eu sinto que estou encontrando o conhecimento que sempre ansiei aprender.
Olá querida irmã Aparecida,
Muito obrigado pela sua mensagem.
Ficamos muito felizes em saber deste seu momento de descoberta da gnosis.
Estamos seguros de que ela florescerá cada dia mais em sua alma conforme fores despertando a consciência através do estudo das verdades contidas em si mesma e através das práticas gnósticas.
Abraços Fraternos!
Paz Inverencial!